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Dicas de como cuidar de seu filho portador de autismo



O autismo geralmente é percebido nos primeiros três anos de vida e compromete habilidades de comunicação e interação com outras pessoas. Por se tratar de um transtorno, e não uma doença, como algumas vezes é classificado, o autismo não tem cura, mas existem formas de melhorar o convívio com uma criança portadora de autismo.


Nesse artigo, selecionamos algumas dicas para pais e responsáveis de como cuidar de crianças com autismo.


1- Demonstre afeto, amor e carinho

Muitas vezes já ouvimos falar que crianças com autismo não gostam de carinho, mas isso é um grande mito. Todos precisamos de carinho. O mais importante é buscar entender o nível de sensibilidade do seu filho. Algumas crianças portadoras de autismo gostam tanto de carinho quanto qualquer outra criança, enquanto outras tender necessitar de uma preparação, como um sinal, demonstrando que você vai abraça-la, para que ela se prepare para receber o ato de carinho.

Existem crianças que precisam de cuidados maiores por terem um grau de autismo mais severo. Em casos assim, as melhores opções podem ser sorrisos, sinais com as mãos e palavras de carinho. Busque entender seu filho. Descubra o que ele gosta de fazer e tente participar dessa atividade junto com ele. Muitas vezes, a presença e a atenção já é um grande gesto de amor e carinho.


2- Brinque com seu filho

O estímulo é muito importante para uma criança portadora de autismo. Mais do que isso, pode ser o grande diferencial no seu desenvolvimento e em sua vida, e as brincadeiras podem ser muito úteis nesse processo. Tente descobrir as brincadeiras que seu filho gosta e desenvolva em você o prazer de brincar com ele, sabendo que cada minuto fará diferença no desenvolvimento das habilidades psicomotoras e na capacidade de interação social e comunicação dele.


3- Estimule-o a ter contato com outras pessoas

Uma das dificuldades da criança portadora de autismo é a comunicação. Crianças autistas, muitas vezes, não conseguem iniciar uma conversa com outra criança, nem entrar em brincadeiras. Ajude seu filho a criar conexões sociais. Você pode fazer isso, por exemplo, convidando outras crianças para brincar com ele e, no início, participando das brincadeiras a fim de fazê-lo sentir-se confortável e seguro.

Ensina-lo a dar algumas respostas socialmente educadas também fará com que as outras crianças criem simpatia por ele. Por exemplo, quando um criança cai, a tendência é que outras crianças riam, não por maldade, mas por ainda não assimilarem bem situações como essas. Ensine seu filho a se preocupar com outras crianças em momentos assim, perguntando se o amiguinho precisa de ajuda para se levantar.


4- Crie formas alternativas de comunicação

Crianças autistas têm dificuldades com a linguagem, que variam de acordo com o grau do transtorno. Porém, é possível ensinar-lhes a se comunicar de forma visual. Ensine seu filho a apontar quando quiser algo, mas entenda que será preciso mostrar-lhe mais de uma vez como fazer isso. As repetições auxiliarão no aprendizado. Muitas vezes, os pais tendem a rejeitar a comunicação visual por medo de a criança não desenvolver a fala, mas isso é errado. Ao rejeitar a única forma de comunicação que uma criança consegue utilizar, ela sofrerá um atraso no desenvolvimento das habilidades de interação e de socialização.


5- Crie regras e limites

Crianças portadoras de autismo geralmente têm dificuldades para compreender a linguagem e para expressar seus sentimentos e isso pode causar reações ruins quando se sentem contrariadas. Porém, a criação de limites é muito importante para o desenvolvimento e para a socialização do futuro jovem.

É importante que os limites sejam trabalhados cedo, mas sempre com muita calma e, principalmente, não deixando seu próprio estado emocional se alterar quando a criança tiver crises ou ataques explosivos.

Também é importante sempre avaliar o motivo pelo qual a criança entrou em crise, pois isso pode sinalizar que algo esteja acontecendo. Como a criança autista muitas vezes não consegue se comunicar, a crise é uma forma de demonstrar que está passando alguma dor ou por algum outro problema, como crises de alergia, distúrbios de sono, etc.


Sempre busque por ajuda profissional e entenda que o quanto antes a criança iniciar o tratamento, maiores serão as chances de regressão do quadro.


E o mais importante: ame seu filho e não sinta vergonha de pedir ajuda a profissionais e pais mais experientes.


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